OETINGER (PEPW) – FÉ
PEPW
A *fé* é algo *precioso*, que torna o *coração* firme; ela vem através da *estrutura da graça* e pela *discrição* em relação aos *alimentos*. O *coração* é, por *natureza*, *inconstante*, alternando entre *desejo* e *medo*, *consolo* e *desespero* (*Jeremias 17:9*). Se alguém tem muitas *revelações*, *visões* e *sonhos*, seu *coração* ainda não está tão *firmemente enraizado* quanto pela *fé*. A *fé* é uma *hipóstase*, uma *firmeza* vinda da *convicção* (*Hebreus 11*).
A *fé* vem pelo *ouvir*, ou seja, pelo *plantio externo* de uma *mente segura* (*Tiago 1:21*). *Deus* certamente não eliminará a *ordenação silogística* da *mente*, mas lhe dará *vida* (*Gálatas 3:21*). Para a *mente*, a *estrutura da graça* é concedida no *Evangelho* (*Romanos 4:21*). A *lógica* não é uma *estrutura*, mas apenas uma *lei*… De certas formas, ela proporciona uma *formação adequada* dos *pensamentos* de maneira *mecânica*. Mas no *Evangelho*, cada *pensamento verdadeiro* deve não apenas ser *formado*, mas *nascido*.
O primeiro *pensamento* deve ser para um *novo nascimento*: *Jesus é o Senhor* (*1 Coríntios 12:3*), e quem nasce em *Jesus* e entra em sua *hipóstase* deve saber que *Deus* olha para suas muitas *falhas* e *pecados* de *fraqueza*, até que alcance a *certeza* por meio do *ensino* (*Efésios 4:13*). O início da *fé*, pelo qual *Deus* considera o *homem* como *justo*, é uma *impressão forte* pela qual o *desejo* e o *prazer* pelo *Filho de Deus* aumentam.
Por meio da *fé*, considera-se *certo* e *verdadeiro* (de modo que toda a *vida* decorre disso) a afirmação de que ninguém pode *ajudar*, que nada pode *ajudar* na *corrupção profunda*, exceto a *formação da graça*. Portanto, deve-se entregar-se *imediatamente* à *graça* com o *desejo* de ser conduzido a toda a *verdade*. O começo disso pode ser muito *pequeno* e *simples* (*Atos 14:8*)…
Atualmente, a *fé* foi trocada por *conhecimento*, por uma *demonstração lógica*, mas nesse processo frequentemente se *erra*, pois muitos consideram as *afirmações* como verdadeiras apenas como as *proposições geométricas*, acreditando que não precisam das *Sagradas Escrituras*, mas apenas da *ciência humana*. Esse pensamento é uma *ilusão*, pois tal *ideia* não tem *raízes* no *fundamento da vida*.
A *fé* é uma *hipóstase interna* e *oculta*; ainda que seja muito *pequena*, ela se moverá para toda a *verdade* pelo *impulso interior* do *Espírito*. Então, não se *vive*, *fala*, *pensa* ou *age* para *si mesmo*, mas apenas para o *Senhor*, tendo todos os outros *conceitos* em *Cristo* e em *Deus*—mesmo que nem sempre nos *pensamentos*, ainda assim no *Espírito*.
