FABRE D'OLIVET (TANNER) – CÍRCULO DA PALAVRA: PONTO INICIAL E FINAL
ATFO
É fácil ver, percorrendo essas *Relações adverbiais*, que sua destinação é, como disse, mostrar o emprego da ação, sua direção, sua Medida, sua presença ou sua ausência. (…)
O Leitor que segue com alguma atenção o curso de minhas ideias gramaticais deve perceber que, após percorrer o círculo dos desenvolvimentos da *Palavra* sob as diversas modificações de *Nome* e *Verbo*, retornamos ao *signo* de onde partimos: pois a *relação verbal*, que agora nos ocupa, difere pouco da *relação designativa* (o artigo), e até se confunde com ela por várias expressões comuns (em hebraico). Lembro-me de ter indicado essa analogia de antemão, para que se pudesse notar, no momento oportuno, o ponto em que o *círculo da Palavra*, fechando-se sobre si mesmo, reúne seus elementos.
Esse ponto merece ser notado. Ele existe entre o *advérbio afirmativo* e o *negativo*; entre o *sim* e o *não*. A *substância* e o *verbo*: não pode haver nada além. Quem refletir bem sobre a força dessas duas expressões verá que elas encerram não apenas a essência da *Palavra*, mas a do *Universo*; e que nunca é senão para *afirmar* ou *negar*, *querer* ou *não querer*, passar do *nada* ao *ser*, ou do *ser* ao *nada*, que o *signo* se modifica, que a *Palavra* nasce, que a *inteligência* se desdobra, que a *Natureza*, que o *Universo* marcha para seu fim eterno. (*Histoire philosophique*)
