FABRE D'OLIVET (TANNER) – CARTA AO SR. G. FERRIER, PARIS, 7 DE ABRIL DE 1824
ATFO
Meu caro amigo,
Assim que soube que o exemplar de *Caim* que te destinei se perdeu no caminho, ordenei imediatamente que outro te fosse enviado. Ignoro se o recebeste, pois não me escreveste. Teu silêncio, no entanto, não me surpreende totalmente, se estás esperando para me responder dizeres, para o bem ou para o mal, tudo o que minha obra sobre o *Caim* de Lord Byron te inspirou. Há muito a dizer a favor ou contra, sei disso muito bem, asseguro-te. Mas afinal, não é de hoje que me conheces? Não sou um homem feito como os outros — guarda bem isso na cabeça.
Mas cortemos aqui sobre *Caim* — não é ele que me põe a pena na mão. Desde que foi concluído, já escrevi três tragédias e um ópera, além do ditirambo que te enviei para assinalar meu retorno às Belas Artes e dar sinal de vida a meus amigos, assim como a meus inimigos. Não me disseste nada sobre ele, e se quiseres, dispenso-te de dizeres qualquer coisa; é uma faísca escapada de uma fornalha que não está perto de se extinguir.
