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ECKARTSHAUSEN DEUS

Eckartshausen E A TEOSOFIA CRISTÃ — Deus

Eckartshausen fala de Deus de duas maneiras diferentes, conforme escreve tratados teosóficos e obras de moral; mas estes últimos, onde domina o aspecto sentimental de sua personalidade e de seu estilo, guardam igualmente certa precisão interessante sobre a teologia esotérica. O que é Deus, em si? O «Pai da luz». Não pode ser simples virtualidade, energia adormecida; tudo nele é ação. É fonte de sabedoria, força única repousando sobre o Universo, «elemento» de todas as energias pensantes, centro de toda vida, na qual se reúne. Deus é a fonte original de todos os pensamentos ou energias divinas saídas dele segundo leis imutáveis. Ele é o Ayn soph inacessível. Tudo que Ele faz, Ele o faz para ele mesmo: Universa propter semet ipsum; tudo que não é Ele não pode senão tentar de se aproximar dEle, sob pena de não encontrar em si mesmo senão nada e miséria. É falso pretender que Ele deixa agir as «causas segundas», pois nenhuma dentre elas não pode agir se ela não é acionada por Ele.

Ele preenche e penetra tudo, está em nós mais intensamente que nós o estamos nós mesmos. Não apostar que Deus existe, é apostar que Ele não existe; a neutralidade neste domínio é o maior dos crimes. Temos muito a tendência de ver em Deus um rei justiceiro; é preciso, ao contrário, se elevar acima das nuvens e dos relâmpagos, até esta altura onde tudo é calmo, onde o pecado se pune ele mesmo, onde o afastamento do amor se vinga dele mesmo. A Divindade, sempre igual a ela mesma, não se modifica. O Senhor não está nem no vento nem no tremor de terra. Sua palavra é calma e lhe sucede. Deus é onipresente, Sua Onipotência preenche cada coisa; pode-se encontrá-lO por toda parte, pois todas Suas faculdades são progressões inseparáveis da Unidade. Não se poderia falar de oposições das faculdades divinas, como existe em Suas criaturas, pois Deus, Unidade e afirmação, exclui toda negação. Não se deve portanto jamais buscar em Deus a razão da negação e a fonte do Mal; o sol não é de modo algum responsável pelo frio e pelas trevas. O Divino não participou jamais da mentira e do Mal, das desordens que assolam a criação. Deus era a pureza mesma, a lei de Sua própria essência e de todas Suas obras. - Eckartshausen e Jacob Boehme - Os atributos divinos - A Trindade - A sophia ou Esplendor, sal de Luz, contemplação divina - O elemento puro, a segunda sephira - Livros sapienciais - A criação, a emanação - A natureza, prova de Deus - O Verbo divino - O mundo material, meio termo entre o Bem e o Mal - Os seis dias

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