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HILDEGARD DE BINGEN – SCIVIAS

Colaboração e tradução de Antonio Carneiro

O “Scivias” é a primeira seção de uma trilogia que compreende também 0 “Liber vitae meritorum et le Liber divinorum operum”. A composição deste conjunto levou mais de vinte anos. O título “Scivias” é algo intrigante para o leitor. Agrupa duas palavras (sci-vias) cujas significações a santa explicou: “In visione etiam vidi quod primus liber visionum mearum Scivias diceretur, quoniam per viam luminis prolatus est, non de alia doctrina”.

O livro foi destinado para dar a conhecer as vias pelas quais Deus quer conduzir os homens para a salvação. E essas vias descritas são essencialmente as que Deus revelou no Antigo e no Novo Testamento.

Hildegarda teve uma educação muito cuidada e possuía vasta cultura; suas visões não a impediam de conhecer melhor a ciência humana, além da Bíblia, da liturgia, dos Padres da Igreja e dos escritores medievais. Seus escritos estão impregnados de tudo isto. O que a caracteriza, é o dom de propor parecido com um profeta ou vidente, sob uma forma poética e com ênfase de uma mística, o que outros não conseguiram exprimir senão de maneira escolástica e austera.

Aqui será encontrada a primeira tradução integral de “Scivias”. Esta obra com um título um pouco misterioso (“Sache les voies”) apresenta, em treze visões, a história das relações entre Deus e os homens, da criação ao julgamento final, insistindo no papel da Igreja na história da salvação. Apresentada de início como uma mulher que sem cessar dá luz a novos crentes, a Igreja torna-se, nas visões da terceira parte, um edifício que se construiu sob nossos olhos, fundado sobre o Verbo Divino e ornado de virtudes cristãs. Numa profusão de imagens, Hildegarda propõe de fato um tratado de teologia dogmática sobre a Trindade e a economia da salvação, uma moral, feita de múltiplas proibições e de vigorosas denúncias, mas também de uma generosa exaltação das virtudes, e enfim uma minuciosa pastoral dos sacramentos. Tudo isso em uma linguagem às vezes generosas e difícil, grandiosa e sombria, se apresentando em longos períodos que levam o leitor a se sufocar em um verdadeiro turbilhão.

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