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ORÍGENES E A FILOSOFIA (HCOP)

*Henri Crouzel — Orígenes e a Filosofia (HCOP)*

- Excertos de Origène et la philosophie, publicado pela Aubier em 1962 (livro raro); alguns na íntegra em nosso site francês.*

Este livro é mais um estudo de Crouzel sobre Orígenes, tendo por eixo de sua análise o Contra Celso de Orígenes.

Tomando por ponto de partida a concepção originalmente expressa por Porfírio e tantas vezes debatida, sobre Orígenes, Crouzel nos conduz a uma análise minuciosa do pensamento de Orígenes e suas afinidades e discordâncias da filosofia grega. Começando por esta citação polêmica, onde se pode questionar até mesmo a que Orígenes se refere Porfírio,

Este tipo de absurdo (a exegese alegórica das Escrituras) vem de um homem que encontrei em minha juventude, que foi muito célebre e ainda é pelos escritos que deixou, Orígenes: sua reputação é grande nos partidários destas doutrinas. Foi aluno de Ammonios que teve em nosso tempo um enorme sucesso como filósofo: seu mestre lhe foi muito útil pelo conhecimento das ciências, mas naquilo que concerne a retitude dos princípios de vida tomou um caminho oposto ao seu. Com efeito, Ammonios, criado cristão por parente cristão, voltou-se, desde que começou a refletir e a filosofar, a uma vida conforme às leis: Orígenes tendo recebido em grego uma educação grega, perdeu-se nesta temeridade bárbara (polêmica da castração de Orígenes). Ali se corrompeu ele mesmo assim como sua ciência: vivia como cristão, fora da lei, mas sobre as realidades (pragmata, linguagem platônica; vide praxis) e o Divino, pensava em grego e punha fraudulosamente as concepções helênicas sob as fábulas estrangeiras. Não deixava Platão e frequentava os escritos de Numênio e de Cronios , de Apolofane e de Logino, de Moderatus e de Nicômaco, assim que dos mais iminentes pitagóricos: lia Cheremon o Estoico e Cornutus. Tendo aprendido deles a interpretação alegóricas dos mistérios gregos, a adaptou às Escrituras judias. Porfirio — Contra os Cristãos

Tomado aos gregos o que ensinou, Orígenes teve que ouvir mais de uma vez esta acusação: Um de meus ouvintes, que conhecia as letras do século, me objetou talvez: de nós vem aquilo que dizes, é a matéria de nossa ciência: a eloquência mesmo da qual te serves para dissertar e ensinar, ela vem de nós. E se pois a me chicanar como um filisteu, me dizendo que eu havia cavado meu poço sobre seu terreno, e tinha aparentemente razão, posto que o solo lhe pertencia. Orígenes, Homilias sobre o Gênesis XIII, 3

Capítulo I O que há de comum entre Abimeleque e ISAQUE? Ou a crítica das doutrinas filosóficas

I. Generalidades

- Divisões da filosofia

- As diferentes escolas filosóficas

- O Epicurismo, voluptuoso e ateu, que atravessa a madeira da Cruz

- O muito humano Aristóteles

- Os Estoicos, virtuosos, mas materialistas

- A “venerável” escola pitagórica

- Platão e o conhecimento de Deus

- Outras doutrinas de Platão

- Conclusão

II. Não basta possuir a virtude dos gregos para ser recenseado na Israel espiritual

- Crítica do ideal filosófico - Um ideal ao mesmo tempo intelectual, religioso e moral - A paixão de Celso, indigna de um filósofo - Abimeleque de um coração puro deseja Sara, a Virtude - Eles se circuncidam sim o coração, mas não para Deus - Tendo conhecido Deus, não o adoraram como tal - A salvação dos filósofos - Conclusão ==== III. Os filósofos estão convidados a vir aninhar-se na grande árvore da Escritura ==== - O apelo do Cristianismo aos filósofos

- A resposta de Isaque ao Filistino: A insuficiência da filosofia

- Quando Deus fala, toda voz humana deve se calar

- Chicanas dos filisteus: disputa de datas

- Chicanas dos filisteus: A exegese alegórica

- A orgulhosa arrogância da bela linguagem grega e a palavra profética simples e humilde

- Diferença de eficácia entre a pregação cristã e o ensinamento filosófico

- Conclusão

IV. Jesus e seu exército partem ao assalto da Jericó filosófica

- A utilização da filosofia pelos cristãos**

- Jericó seria condenada ao anátema?

- Que fazer das belas cativas?

- Estação àqueles que elevam bezerros de ouro na Bethel, a Morada de Deus

- Quando Israel reconstruiu Hesebon, a Cidade dos Pensamentos

- Conclusão

Conclusão do livro

- Orígenes e a filosofia pagã

- Orígenes e a filosofia cristã

Apêndice — Orígenes é um sistemático?

- Exposição do sistema

- Por que se buscou em Orígenes um sistema?

- Orígenes não tem nada de sistemático

- O problema do *Peri Archon*

- Como se pôde então encontrar um sistema?

- A verdadeira unidade do pensamento origeneano

- Conclusão

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