NOTHOMB CRIAÇÃO RELATO 8
Paul Nothomb — RELATOS DA CRIAÇÃO
Gen 1,8 E «Deus» chamou a extensão céu. E houve uma duração completa («uma noite e uma manhã») Segundo dia.
Esperando, Deus não nomeia, como o fez para a luz e a obscuridade, os dois conceitos que separa mas o conceito que separa o «baixo» e o «alto», quer dizer a extensão, que chama «céu». Logo o céu não está «no alto» mas define o espaço do Homem, que está «em baixo» e a quem o «alto» (a metafísica?) resta inacessível.
O segundo dia, se vê, exprime também o mesmo tempo completo que o primeiro. É um segundo «Dia Um».
Annick de Souzenelle — Alliance de feu : Tome 1, Une lecture chrétienne du texte hébreu de la Genèse
Se no primeiro versículo «Deus criou os céus», aqui «Deus chama a extensão céus». No terceiro dia Deus chamará o seco: Terra. Criar e nomear (chamar) são em profundidade uma unidade. Deus cria por seu Verbo; Ele cria os nomes. O Mi e o Ma confundidos em Mayim, «as águas», que acabam de ser separadas, são imediatamente reunidas em Shamayim, «os céus», ao redor da letra Shin. A palavra hebraica Shin é o anagrama de Sheni («segundo»), palavra que termina este versículo: dia segundo. Shen é o «dente», símbolo da pedra das profundezas (Pedra Angular), o «núcleo» que contém o yod, o Nome; dele é o guardião, aquele que se faz «Adversário», nesta fina ponta é Satã. Este segundo dia é essencialmente aquele do mistério da letra Shin que separa e une o criado e o incriado. Todas as mutações que ela porta em seu nome, convidam a descer às profundezas onde está inscrito o Yod, núcleo da completude, para subir para o Alpha.
