FAIVRE ECKARTSHAUSEN LIVRO 1

Eckartshausen — ECKARTSHAUSEN E A TEOSOFIA CRISTÃ

LIVRO I — O HOMEM E O MEIO

I Da infância à maturidade (1752-1786) - Haimhausen, Ingolstadt e Munique - O castelo de Haimhausen - Dois irmãos Sigmund e Karl von Haimhausen - Um nascimento ilegítimo (1752): Karl von Eckartshausen, Filho de Karl von Haimhausen e de Maria Eckart, empregada no castelo. - O tema do bastardo surgirá várias vezes em sua obra - Uma infância obscura - Dos sonhos proféticos a partir do sétimo ano - As “pequenas classes” em Munique - A Universidade de Ingolstadt e a abolição da Companhia de Jesus; Aufklärung e ensinamento tradicional - Ickstatt, Stattler e Gabler - Gosto das matemáticas e desdenho das “guerras literárias” - O absolutorium - O posto de Conselheiro aulico (1776); atividades judiciárias - Legitimação e enobrecimento de Eckartshausen - Cristianismo e “azar do nascimento” - Casamentos e aceso à Academia - Casamento com Genoveva Quiquerez (1778); morte de Genoveva depois do nascimento de seu único filho (1780) - Casamento com Gabrielle von Wolter (1781), filha de um médico célebre; nascem oito filhos desta união - Morte de Maria Eckart (1784) - Eckartshausen, partidário do poder, afirma sua lealismo monárquico: mas a política estrangeira de Karl Theodor alimenta os argumentos dos Iluminados da Baviera e da Franco-Maçonaria “jacobina” - As Academias na Europa - Para uma Aufklärung “moderada”: fundação da Academia das Ciências de Baviera por Lori (1759) - Perseguição dos Jesuítas na Europa - Jesuitas e ciência moderna - Caráter europeu da Academia de Munique - Lambert, Haller, Mesmer - Em 1777, Eckartshausen escreve para La Serre para solicitar sua admissão - Vida a Munique do Papa Pio VI (1782): Eckartshausen é encarregado de recebe-lo - A Academia serve para Eckartshausen de tribuna para combater a intolerância exercida contra a religião e contra a tradição - Importância do magnetismo no seio desta sociedade - Lavater, Charles Bonnet - A Sociedade Moral e Agrícola de Burghausen; a educação; Burghausen, centro alquímico? - Justiça, censura e arquivos - Eckartshausen e a instrução dos affaires criminais; estes encargos profissionais correspondem a suas primeiras produções literárias; ele sugere uma reforma do ensinamento do direito - Revistas da época e irrupção do sentimento no direito - O Colégio de Censura, criado em 1769: Wolter, Kennedy, Westenrieder, etc. - Eckartshausen é aí admitido ao mesmo tempo que Montgelas (1780) - Ele é encarregado de examinar as obras de direito e de literatura - Panfletos contra os Estados vizinhos e destino dos escritos de Kant, Wieland, etc. - Eckartshausen é nomeado Arquivista Secreto (1784) - As revelações de Chalgrin, encarregado de affaires francês: amizades de Gabriela na Corte do Eleitorado, intervenção dos Iluminados de Baviera; correspondência entre Sailer e Lippert. - Apesar das invejas do qual ele é objeto, Eckartshausen cumpre bem sua tarefa. - Relações com Friedrich Nicolai (1781): contra ele, Eckartshausen defende os Jesuítas e reivindica da “verdadeira” Aufklärung. - A polêmica dos “Parágrafos bem intencionados”: como Lavater implicou-se neste affaire - As críticas de Sailer vão no mesmo sentido - Do “bom selvagem” às “folhas de moral”. A literatura Larmoyante. - Originalidade do teatro bávaro; poucos autores de grande talento, mas suas peças são de um grande interesse para a história das ideias - Reboliços causados pelas peças de Eckartshausen - O tema do “bom selvagem” - As “folhas de moral” de Eckartshausen (1784-1785): em que elas correspondem ao gosto da época para a virtude, a literatura larmoyante - Richardson, Kohlbrenner, Marmontel, Sophie La Roche, Meissner, Kotzebue; ao mesmo tempo, a revista de Meissner publica estudos sobre o ocultismo - O problema dos Judeus fornece ao zelo de Eckhartshausen um terreno de escolha; Lessing, Mendelssohn, Mutschelle, etc., se interessam também a este problema - Editores de Munique: Fritz, Strobl, Lentner, Lindauer - Peter Philipp Wolf, discípulo de Eckartshausen - Os iluminados da Baviera, fonte de erros e de perigos - Nascimento da Ordem em 1776: ala radical da Aufklärung católica, “jansenismo” político e religioso, febronianismo galicano. - Noviciato e Minervaux - Adão Weishaupt e Adolf von Knigge - Os graus inferiores deixam intactos os dogmas tradicionais, enquanto os graus superiores são ao mesmo tempo anti-cristãos e anti-monarquistas - As verdadeiras intenções de Weishaupt - Aquilo que ele denomina “a superstição teosófica” - Eckartshausen, a princípio engana os Iluminados da Baviera, aí se filia sob o nome de Attilius Regulus - Outros também, como Charles de Hesse, pensam que se trata de um ensinamento esotérico. - Desde 1780, Joseph II favoriza as condutas da ala esquerda da Franco-Maçonaria - Membros ilustres ou influentes: Montgelas, Goethe, Charles-Auguste, Dalberg, Klopstock, Bassus, etc. - Mas frequentemente, esta pertencimento nada significa - Franck e Lippert contra Weishaupt - Utzschneider se junta a eles, e a duquesa Maria-Anna convence Karl Theodor do perigo da Ordem, da qual Eckartshausen contribui a precipitar a queda desde 1784 - Relatório de Chalgrin - Eckartshausen renega oficialmente Weishaupt: affaire Strobl-Utzschneider - Severidade de Eckartshausen, desejoso de não ser suspeitado - Para desacreditá-lo, seus inimigos o descrevem como um verdadeiro inquisidor - Sua sinceridade não causa dúvida; a partir de 1788, ele se orientará doravante definitivamente para a teosofia

A SEGUIR

- II ENGAJAMENTO NA HISTÓRIA E VIDA ESPIRITUAL (1786-1803) - CORRESPONDÊNCIA