Jesus disse: Porque lavais o exterior do cálice? Não compreendeis que o que fez o interior, é também o que fez o exterior?
89. Jésus a dit : Pourquoi lavez-vous l’extérieur de la coupe ? Ne comprenez-vous pas que celui qui a fait l’intérieur, c’est lui aussi qui a fait l’extérieur?
1 Jésus a dit : 2 pourquoi lavez-vous l’extérieur de la coupe ? 3 Ne comprenez-vous pas 4 que celui qui a créé l’intérieur 5 est aussi celui qui a créé l’extérieur ?
89 (1) Jesus said, “Why do you wash the outside of the cup? (2) Don’t you understand that the one who made the inside is also the one who made the outside?” [Cf. Matthew 23:25–26 (Q); Luke 11:39–41 (Q); Babylonian Talmud, Berakoth 51a; Kelim 25.1–9.]
mot2314
mt.23.25 ουαι υμιν γραμματεις και φαρισαιοι [PHARISEES,] υποκριται [HYPOCRITES,] οτι καθαριζετε το εξωθεν του ποτηριου και της παροψιδος [DISH,] εσωθεν δε γεμουσιν εξ αρπαγης και ακρασιας [INCONTINENCE.]
mt.23.26 φαρισαιε τυφλε [BLIND,] καθαρισον πρωτον το εντος του ποτηριου και της παροψιδος [DISH,] ινα γενηται και το εκτος αυτων καθαρον [CLEAN.] (Mt 23,25-26)
lk.11.40 αφρονες [FOOLS,] ουχ [“DID” NOT] ο ποιησας το εξωθεν και το εσωθεν εποιησεν [MAKE?] (Lc 11,40)
Roberto Pla
Explica o logion não só que em cada homem coexistem um homem exterior e um homem interior, mas que ambos têm sua origem em um fazedor comum. Com isto se expressa o logion em paralelo com o terceiro evangelho quando diz: “o que fez o exterior, não fez também o interior?”.
Sobre a duplicidade do homem o Apóstolo fala em várias ocasiões e explica que um destes homens, o exterior, se desmorona sem remédio com suas obras, e o outro, se renova dia a dia até alcançar a (epignosis). Sem dúvida, é nisso, na redução à unidade, no que tende a terminar toda aparente existência dual no mundo. Das duas formas da dualidade, uma delas, a que só é nos limites fechados da temporalidade, consiste em ser para acabar não sendo. Ao final, só perdura na vida única e real, o ser verdadeiro, o que foi e sempre será sem deixar de ser. Em outras palavras: a dualidade só é possível no mundo do não conhecer, do ignorar, porque no eterno, na realidade absoluta, só perdura a unidade (vide Homem Exterior-Interior).
Tinha razão Jesus quando pedia como lavado prévio, a purificação interior do cálice, pois quando nesta culminou a purificação por dentro, sua brancura luminosa desborda e fica purificado o exterior.
Quanto ao cálice bem lavado por dentro e por fora, é então quando está prestes para sua glorificação, que não a sua senão do Pai, porque não se trata de subir ao inalcançável, senão de abrir os olhos, olhar a luz, e vê-la.
Quando o que olha está disposto, o Pai desde a sua morada. Por isso está dito: “O véu do Santuário se rasgou em dois, de cima à baixo” (Calvário).