von Balthasar — ORÍGENES — ESPÍRITO E FOGO Tabela de conteúdo: - auto-CONHECIMENTO - MATERIA-ESPIRITO - ALMA-MEIO —
- O conhecimento de si mesmo - A infindável sede por conhecimento deve ser escolhida pelas almas como seu primeiro objeto - Isto significa necessariamente primeiro que tudo uma forte orientação para dentro de si, envolvendo fechar seus olhos ao mundo exterior - Mas a alma é ela mesma o ponto central do mundo; imediatamente antes de suas dimensões interiores do olho estarem desdobradas que são desconhecidas para o mundo externo dos corpos - Questionar sobre a alma significa lançar seu próprio olhar para dentro do abismo dos eões eternos e das ondas imensuráveis do destino - Como neste evento, excedendo muito além dos limites do tempo, a salvação e a danação da alma são jogadas, o conhecimento de si se torna um requisito absoluto - O espaço interior é um mundo espiritual novo que no milagre da memória, compreende a totalidade do alento do mundo corporal, mas ainda assim possui um poder completamente diferente de compreensão: ser o lugar onde Deus habita e age - Entre matéria e espírito - No conhecimento de si mesmo, a alma recebe um vislumbre de sua própria posição no cosmos e sua estrutura mais comum. - Tudo que é criatura é inseparavelmente espírito-corpo - e de tal modo que a corporalidade, embora distinta do espírito, é ainda somente sua aparência companheira - e sombra - Mas o relacionamento fundamental de ambos os polos é o de unidade-multiplicidade - verdade-semelhança - pensamento-sentimento - Porque esta estrutura é a mais difusa e a mais comum, a alma pode mover-se de algo sensível para algo espiritual, e compreender toda a realidade corporal como expressão e imagem - Meio corrediço - Mas a alma nem é espírito nem corpo, mas meio transicional entre ambos - Isto não é uma definição essencial - Porque para Orígenes (assim como para grande parte dos primeiros Padres) o ser humano é invariavelmente feito de corpo, alma e espírito - Espírito é o elemento celestial, agraciado que irá de fato um dia ser levado dos danados, mas permanece eternamente unido à alma nos Bem-aventurados. - A alma é o meio vital entre a matéria e o espírito, mas como tal é ao mesmo tempo o lugar de escolha se o ser humano será carnal ou espiritual - Se a alma escolhe o espiritual como sua forma de vida, é transformada em “espírito” — não de acordo como sua essência mas de acordo com seu modo de ser mais profundo - Ela se torna “carne” se escolhe o material - Esta escolha é inevitável - e é, finalmente, o único ato religioso - Apenas isto decide sobre o bem e o mal - Bem é o movimento do (em si indiferente) meio da semelhança para a verdade, da matéria para o espírito - Esta escolha é “destinal”: a Salvação não é necessária - Sua realização é um ato livre - A verdadeira ordem vem disto: corpo sob alma, alma sob (Deus-)espírito - O corpo é para ser comandado e usado sensivelmente; seus instintos não são maus - mas devem se tornar espirituais - Para este fim a alma ela mesma deve ser fixada no espírito - Apenas no espírito ela é o que deve ser; em si mesma é imperfeita - O espírito do ser humano não é “o Divino em si” - mas, em seu próprio ser, a participação imediata, consistindo de graça e conferida como graça, da alma na vida divina que será tomada do danado