Cristologia — Bernardino de Siena (1380-1444) Segundo o perenialista Jean Canteins, em seu livro MISTÉRIOS E SÍMBOLOS CRíSTICOS, São Bernardino, como São Antônio de Pádua, efetivamente catalisou sobre o Nome de Jesus uma atitude de prece e de oração tanto mais difícil de motivar por quanto reduzida a um monograma IHS, quer dizer um grafismo abstrato a priori pouco propício a suscitar o fervor dos fieis. Este monograma preexistia a São Bernardino, que só fez, em adotando-o, identificá-lo a seu culto do Nome de Jesus. As provas desta preexistência não faltam.
Se a tradição sobre isso é muda no que concerne Santo Antônio de Pádua, não o é para São Bernardino. Em um de seus sermões ele afirma inclusive que “o Nome de Jesus é (…) tão digno de louvor quanto Deus ele mesmo” e ainda que “tudo que Deus criou para a salvação do mundo está oculto no Nome de Jesus (…)”.
Uma célebre pintura de Mantegna, de 1452, apresenta justamente o monograma de Jesus, IHS, de onde irradiam doze chamas como de um coração em chamas, totalmente envolto por uma faixa circular portando a inscrição: In nomine Iesu omne genu flectatur celestium terrestrium et infernorum, tendo de cada lado de joelhos rezando: Santo Antônio de Pádua e São Bernardino de Siena. Certamente São Bernardino não seria o criador do monograma de Jesus, IHS, mas certamente sua devoção ao Nome de Jesus está associada a este monograma.
*Sermões (em inglês)
Excertos: A SER FEITO