===== SAINT-MARTIN ===== [[theosophos:start|Theosophia]] — [[theosophos:saint-martin:start|Louis-Claude de Saint-Martin]] (1743-1803) Segundo André Tanner, que organizou uma excelente seleção de textos de Saint-Martin, este "teósofo" é um "[[theosophos:saint-martin:homem-de-desejo:start|Homem de Desejo]]", parafraseando o título de uma de suas mais conhecidas obras. Mas é preciso restituir a esta bela expressão todo seu significado, e sua pureza primeira. O desejo ([[philokalia:philokalia-termos:epithymia:start|epithymia]]; thymos) é próprio do homem, signo de sua miséria e de sua grandeza. O desejo, é o sentimento doloroso daquilo que separa a existência da essência, e a necessidade de as unir. Assim concebido — "vi que nada mais havia de tão comum quanto os desejos (fr. envies), e nada de tão raro quanto o Desejo (fr. désir)", diria Saint-Martin — o desejo comanda a démarche deste teósofo, e nele se define em relação a lástima de uma perfeição perdida, a humilhação da "Queda", e a possibilidade de uma "[[philokalia:philokalia-termos:regeneracao:start|regeneração]]", graças àquele que ele se alegra em chamar "o [[biblia:figuras:divindade:divino:start|Divino]] Reparador". René Guénon: MAGIA E MISTICISMO > É necessário dizer que também ocorreu às vezes que outros, depois de terem entrado realmente na via iniciática, e não só nas ilusões da pseudo-iniciação, como aqueles de quem falamos aqui, abandonaram esta via pelo misticismo; os motivos são então, naturalmente, bastante diferentes, e principalmente da ordem sentimental, mas, quaisquer que possam ser, é mister ver sobretudo, em parecidos casos, a consequência de um defeito qualquer sob a relação das qualificações iniciáticas, ao menos no que concerne à aptidão para realizar a iniciação efetiva; um dos exemplos mais típicos que se pode citar neste gênero é o do L. Cl. de Saint-Martin. {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}