===== THLIPSIS ===== [[philokalia:philokalia-termos:start|Philokalia-Termos]] — [[philokalia:philokalia-termos:thlipsis:start|thlipsis]] = TRIBULAÇÃO, AFLIÇÃO ! [[evangelho-de-jesus:start|Evangelho de Jesus]]: [[evangelho-de-jesus:logia-jesus:logia-jesus:vinda-do-filho-do-homem:aqueles-dias:start|Aqueles Dias]] --- Roberto Pla: [[gnosticismo:bnh:evangelho-de-tome:start|Evangelho de Tomé]] - [[gnosticismo:bnh:evangelho-de-tome:logion-113:start|Logion 113]] A tribulação (gr. thlipsis), da qual aqui se fala (AQUELES DIAS) é esta morte voluntária a qual o eleito deverá entregar-se com gozo antes de “ver” ao [[biblia:figuras:pai-mae-filho:filho:start|Filho]] do homem. Este é um mistério que alguns místicos experimentaram e que os [[evangelho-de-jesus:evangelhos:start|Evangelhos]] mencionam em vários pontos. A doutrina da “tribulação” foi esboçada de forma incompleta, em linguagem de Oráculo, pelos profetas de [[philokalia:philokalia-termos:israel:start|Israel]], com a única diferença com respeito à revelação cristã, que designa a tribulação como precedente do Dia de YHWH e não do Dia do Filho do Homem: “Próximo está o grande dia de YHWH, próximo, a toda pressa vem” (Sofonias 1,14ss). Claro que o Oráculo do profeta Sofonias, no qual [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]] aparece como guerreiro é uma manifestação terrível, motivo pelo qual a teologia eclesiástica não admite a identificação deste Dia com o do Filho do Homem descrito por Marcos em sua parábola (AQUELES DIAS), mas na verdade, o único que varia é a cenografia simbólica do relato, cuja identidade real se revela quando o profeta diz: “Dia de ira o dia aquele, dia de angústia e de aperto” (Sofonias 1,15). Em termos parecidos se expressa o profeta Joel quando diz que o “Dia de YHWH está próximo” (Jl 2,1). Muitas das “tribulações” ali mencionadas foram adotadas muito literalmente para a parábola de Marcos. De qualquer maneira, a mais bela e direta “volta ao oculto” da parábola de Marcos a proporciona o quarto evangelho na passagem na qual Jesus, o [[biblia:figuras:nt-personagens:cristo:start|Cristo]] manifesto e oculto ao mesmo tempo, explica a seus discípulo, que com seus olhos corporais, o veem, a proximidade temporal de seu Dia, de sua Vinda neles, quer dizer, que pronto vão vê-lo “em espírito”. “Dentro em pouco — diz — já não me vereis (não verão ao Cristo manifesto em Jesus), e pouco depois me voltareis a ver (ao [[biblia:figuras:nt-personagens:cristo:cristo-oculto:start|Cristo Oculto]], revelado neles como Filho do homem em seu dia)” (Jo 16,16). O quarto evangelista explica os motivos de tristeza, quer dizer, de tribulação, e não deixa de comparar “esses dias”, tal como o faz Marcos no capítulo 13, com a mulher com dores de parto, a qual já não se dá conta logo do aperto, aflição (thlipsis) que passou, “pelo gozo de que nasceu um homem no mundo” (Jo 16,21). O homem que “nasce no mundo” (embora venha de acima) após a tribulação, é o Filho do homem, quer dizer, esse é seu Dia, e desde então, os discípulos, ou melhor todos os que passarem pela tribulação, não necessitarão que se lhes “traduza” o verdadeiro sentido “daquele Dia” em uma linguagem compreensível para a mente humana, quer dizer, “em parábola”. Quem os falará então diretamente, com toda claridade, será o Filho do homem, seu Dia, com o qual se fizeram idênticos e cuja mensagem interior possuem. A formosa passagem joanica termina com estas palavras: “No mundo tereis tribulação; mas ânimo! eu venci ao mundo”. {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}