===== ARCHE ===== [[philokalia:philokalia-termos:start|Philokalia-Termos]] — [[philokalia:philokalia-termos:arche:start|arche]] OU ARKHE = PRINCÍPIO VIDE: BERESHITH; PRINCÍPIO [[evangelho-de-jesus:no-principio-era-o-verbo:start|No princípio era o Verbo]], e o Verbo estava com [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]], e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. ([[evangelho-de-jesus:no-principio-era-o-verbo:jo-11:start|Jo 1,1]]-2) === Filosofia === (Excertos de "Les Notions philosophiques", PUF 1990) Ao mesmo tempo princípio e ordem, significações que se distanciam entre si no discurso histórico-político (ponto de partida do relato do historiador ou dos eventos relatados; magistratura exercida na cidade), mas não na investigação sobre a natureza, nem a filosofia: então Tucídides já distingue a arkhe da guerra do Peloponésio e sua causa, Aristóteles define a filosofia como “conhecimento das primeiras arkhai (primeiros princípios) e causas” (Met A2, 982 b9). Ele engloba assim na história da filosofia as investigações pré-socráticas sobre os elementos. Criticando seus predecessores de só terem tratado da causa material, ele estende a noção de arkhe além daquela de elemento: mais que um constituinte material, acessível ou não à experiência, a arkhe é o princípio explicativo do devir. As quatro causas da teoria aristotélica são assim quatro arkhai. A arkhe adquire um estatuto propriamente lógico, onde a questão dos princípios da realidade vem a se confundir com aquela dos princípios do raciocínio sobre a realidade. Aristóteles nomeia assim arkhai os axiomas donde parte e que respeita necessariamente toda demonstração, o mais fundamental sendo o princípio de não-contradição, ao mesmo tempo regra do discurso sensato e determinação dos entes (Met. Δ, 3 e 4). René Guénon: O GRÃO DE MOSTARDA Para melhor compreender essa relação entre o germe do coração e [[evangelho-de-jesus:parabolas-evangelicas:semente-de-mostarda:start|Semente de Mostarda]], é preciso nos reportarmos em primeiro lugar à doutrina hindu, que dá ao coração, enquanto centro do ser, o nome de "cidade divina" (Brahma-Pura) e, o que é notável, aplica à "cidade divina" expressões idênticas a algumas empregadas no Apocalipse para descrever a "Jerusalém Celeste". O Princípio [[biblia:figuras:divindade:divino:start|Divino]], na [[evangelho-de-jesus:logia-jesus:logia-jesus:medida:start|Medida]] em que reside no centro do ser, é muitas vezes designado simbolicamente como o "éter no coração", elemento primordial do qual procedem todos os demais que são naturalmente tomados para representar o Princípio. O éter (akasha) é a mesma coisa que o avir hebraico, de cujo mistério brota a luz (aor) que realiza a extensão pela sua irradiação no exterior, "fazendo do vazio (thohú) alguma coisa e do que não era o que é", enquanto que, por uma [[oracao:oracao:concentracao:start|concentração]] correlativa a essa expressão luminosa, resta o iod no interior do coração, isto é, "o ponto oculto que se tornou manifesto", um em três e três em um. Mas, no momento, deixaremos de lado esse ponto de vista cosmogônico, para nos dedicarmos de preferência ao ponto de vista que diz respeito a um ser em particular, como é o caso do ser humano, tomando o cuidado de notar que existe entre esses dois pontos de vista, macrocósmico e microcósmico, uma correspondência analógica em virtude da qual é sempre possível a transposição de um para o outro. --- {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}