===== AGENETON ===== [[philokalia:philokalia-termos:start|Philokalia-Termos]] — [[philokalia:philokalia-termos:ageneton:start|ageneton]] = NÃO-CRIADO, NÃO-ENGENDRADO VIDE: [[philokalia:philokalia-termos:genesis:start|genesis]], [[gnosticismo:orbe:aocg:cristo-preexistente:start|Cristo preexistente]], [[philokalia:philokalia-termos:autogenes:start|Autogenes]], [[biblia:figuras:pai-mae-filho:filho:start|Filho]], FILHO DE [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]] [[evangelho-de-jesus:start|Evangelho de Jesus]]: vis e ignóbeis = ageneton (1Co 1:28); =sem genealogia= = agenealogetos (Heb 7:3) ! Padres da Igreja — em nosso site francês --- Santo [[philokalia:philokalia-autores:antonius:start|Antão]] El intelecto ([[philokalia:philokalia-termos:nous:start|nous]]) que está en el alma ([[philokalia:philokalia-termos:psyche:start|psyche]]) pura y amante de Dios, en realidad ve al Dios increado, invisible e inexpresable ([[philokalia:philokalia-termos:apophasis:start|apophasis]]), el único puro ([[philokalia:philokalia-termos:katharotes:start|katharotes]]) para los puros de corazón ([[philokalia:philokalia-termos:kardia:start|kardia]]). Advertencias Sobre La Índole Humana Y La Vida Buena Jean [[philokalia:philokalia-estudos:jean-meyendorff:start|Meyendorff]] Na terminologia de [[philokalia:philokalia-autores:gregorio-palamas:start|Gregório Palamas]], como na dos padres gregos, é o caráter não-criado que distingue essencialmente Deus dos seres. A condição própria dos seres é o estado criado — geneton — e quando transcendem seu próprio domínio comungando com Deus, é uma vida não-criada à qual participam. (St. Grégoire — Gregório Palamas, Jean Meyendorff. Seuil, 1976) [[estudos:filosofia-medieval:ysabel-de-andia:start|Ysabel de Andia]]: Mystiques d'Orient et d'occident [[ate-agostinho:basilio:start|Basílio]] retomará o raciocínio de [[ate-agostinho:atanasio:start|Atanásio]] contra Eunomo que queria estabelecer uma diferença de natureza entre o não-engendrado, o [[estudos:ernst-benz:pai:start|Pai]], único verdadeiro Deus, e o Filho, o engendrado que seria, deste fato, inferior ao Pai e posterior a Ele: “O Filho é dito e é imagem engendrada, é resplandecimento da glória de Deus... não à título de posse ou de qualidade, mas ele é substância vivente e atuante e resplandecimento da glória de Deus. Eis porque ele mostra nele mesmo o Pai inteiro, cuja glória inteira resplandece nele. Então dizer que a glória de Deus não tem resplandecimento ou que a sabedoria não estivesse sempre com Deus, que tolice! Mas se estivesse, diz ele, ele não foi engendrado. Bem, respondamos: posto que foi engendrado, ele era (hen). O ser (einai) que possui não é não engendrado, mas é desde sempre e está com o Pai, de quem lhe vem a causa de sua existência.” Basílio inverte o argumento de Eunomo: a geração do Filho pelo Pai, longe de implicar uma passagem da eternidade ao tempo, “é” de toda eternidade e este “ser” do [[biblia:figuras:verbo:start|Verbo]] que “é desde sempre” com o Pai não é engendrado. Deve-se distinguir o ser ou a substância ([[philokalia:philokalia-termos:ousia:start|ousia]]) divina e “as propriedades distintivas” (gnoristikai idiotetes) do Não-engendrado e do Engendrado. Quanto ao Pai, ele não pode ser conhecido sem o Filho posto que conhecemos Deus, que é “luz” na “luz” do Verbo: “pois o que está além do Filho não é objeto de pensamento, posto que, o que é para o olho a luz sensível, o Deus Verbo o é para a alma. “Ele era, diz ele, a verdadeira luz que ilumina todo homem vindo neste mundo” ([[evangelho-de-jesus:no-principio-era-o-verbo:no-principio-era-o-verbo-4-9:jo-19:start|Jo 1,9]]). Pela referência a Hebreus 1,3, Basílio mostrava a analogia da relação [[biblia:figuras:pai-mae-filho:pai-filho:start|Pai-FIlho]] e da glória e de seu resplandecimento ([[philokalia:philokalia-termos:doxa:start|doxa]] — apaygasma), enquanto que, naquela de Jo 1,9 aplicada ao Salmo 35,10, a relação ao Verbo é aquela da “Luz não-engendrada” e da “Luz engendrada”. Mas então, objeto Eunomo: “tanto há diferença entre o não-engendrado e o engendrado, quanto é necessário que desta haja entre a luz e a luz”. A “substância do Pai é luz, mas superior em glória e em esplendor”, enquanto aquela do Monogêno é também luz, mas mais obscura e como perturbada”. Ao que Basílio responde: a diferença entre o não engendrado e o engendrado não é “da ordem do mais e do menos, como entre uma menor e uma maior luz”, pois, no limite, o não engendrado poderia se tornar engendrado e o engendrado, não engendrado. Deve-se todavia afirmar que “sua distância (diastasis) é tão grande quanto aquela de termos incapazes de coexistir um com o outro”. Esta diastasis é irredutibilidade das propriedades características do Pai e do Filho: “A [[biblia:figuras:divindade:start|Divindade]] é comum, mas a paternidade e a [[biblia:figuras:pai-mae-filho:filho:filiacao:start|filiação]] são propriedades”. O que é “comum” entre o Pai e o Filho, é a divindade ou a luz e, inversamente, o que distingue a “luz” que é o Pai da “luz” que é o Filho, são suas propriedades distintivas ou características: “Assim, quando entendemos falar de uma luz não-engendrada, pensamos no Pai, e de uma luz engendrada, pensamos no Filho. Enquanto luz e luz, não há nenhuma contrariedade (enantiotes) entre eles, mas, enquanto engendrado e não-engendrado, se os considera sob o aspecto de sua antítese (antithesis). Tal é com efeito a natureza das propriedades de mostrar a alteridade na identidade da substância”. A impiedade de Eunomo é de fazer “passar na substância a antítese das propriedades”, mas do ponto de vista da “substância” ou da divindade, não há “contrariedade”, como não há nada entre a luz e a luz. Logo é no seio da divindade ou da luz que se deve distinguir a “luz não-engendrada” que é o Pai, da “luz engendrada”, que é o Filho. A alteridade do Um e do Outro supõe a alteridade da “luz” e do “não-engendrado” pois, “se a luz não fosse algo outro que o não-engendrado, ela não poderia mais ser atribuída ao Filho”. O não-engendrado não é idêntico à substância divina, como pensa Eunomo, mas “na identidade da substância” divina — no seio da luz —, que se opõem o Pai e o Filho, “luz não-engendrada” e “luz engendrada”. === Filosofia === Frei Hermógenes Harada: Excertos de "Ensaios de Filosofia" Na tradução dos Sermões de Eckhart, os termos Ungeschaffen, Ungeschaffenheit foram traduzidos por incriado, incriabilidade. Incriabilidade diz referência ao ser de Deus, à [[biblia:figuras:divindade:deidade:start|Deidade]] na sua Abgeschiedenheit. O termo Unerschaffenheit foi traduzido por não-criaturidade. Não-criaturidade se refere a Deus enquanto se "externando" como "condição da possibilidade" do ser das criaturas: o Nada. Por isso, a palavra sie foi interpretada não como indicando a alma, mas sim a não-criaturidade (v. Finitude). René Guénon: O INCRIADO Frithjof Schuon: O INCRIADO {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}