===== TEOGNOSTO =====
[[philokalia:start|Philokalia]] — [[philokalia:philokalia-autores:teognostos:start|Teognosto]]

Segundo a apresentação da versão francesa da Philokalia, "Se queres ser conhecido de [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]], seja ignorado dos homens", escreve Teognosto no primeiro de seus 75 capítulos, selecionados para a Philokalia. De acordo com a tradução francesa da Philokalia, estaria ele pensando em si mesmo? Seu nome significa "conhecido de Deus". E ignora-se tudo mais sobre sua vida, embora cite [[philokalia:philokalia-autores:joao-damasceno:start|João Damasceno]], o que quer dizer que viveu depois do século VIII. Resta, no entanto, a obra ela mesma, breve, sólida e densa, inteiramente consagrada a dois estados limites da vocação cristã.

O primeiro é a [[philokalia:philokalia-termos:plerophoria:start|plerophoria]], a plena certeza da visão de Deus, aqui e agora. Esta experiência oculta e esta questão posta atravessam de ponta a ponta a história do monaquismo que jamais deixou de ser trabalhado pela necessidade única do segundo nascimento: a passagem do criado ao incriado, impossível ao homem (que deve se apagar a si mesmo), mas possível a Deus, pelo [[biblia:figuras:nt-personagens:cristo:start|Cristo]] e o [[biblia:figuras:espirito-santo:start|Espírito Santo]]. É bem isto que significa Teognosto. A plerophoria participa do paradoxo evangélico, nos termos de Teognosto: "Tanto quanto desceres, tanto quanto te elevarás". A vias de aproximação indicadas são a renúncia, a humildade, a [[philokalia:philokalia-termos:hesychia:start|hesychia]], a impassibilidade, a temperança, a [[oracao:start|oração]] do coração, a pureza, a morte. E todas só tem uma finalidade: polir o espelho onde a imagem de Deus em nós pode receber, pela graça do Espírito Santo, a incandescência do incriado.

O segundo estado limite é o sacerdócio. Teognosto coloca bem alto a consciência do padre, tão alto que reúne na [[gnosticismo:bnh:origem-do-mundo:start|Origem do Mundo]] o ato mesmo do amor de Deus, sua descida e sua imolação. O padre, para Teognosto, só é o sacrificador se ele é também, e sobretudo, a imagem do Cordeiro. Teognosto identifica pura e simplesmente a vocação sacerdotal à vocação monástica. Se tornar padre para ele é se engajar a levar uma vida semelhante a dos anjos. Defende a hierarquia da santidade: ao contrário das hierarquias do mundo. Assim o sacerdócio, como a plerophoria, se situa no fundo da ordem do impossível, lá onde só Deus pode agir.

{{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}