===== EVAGRIO ===== [[philokalia:philokalia-autores:start|Philokalia-Autores]] — [[philokalia:philokalia-autores:evagrio:start|EVÁGRIO]] PÔNTICO (+ 399) Originário da Capadócia, discípulo de são [[ate-agostinho:gnazianzo:start|Gregório de Nazianzo]], passou os últimos dezesseis anos de sua vida no Egito, como anacoreta. Herdeiro dos grandes alexandrinos cristãos — [[ate-agostinho:clemente:start|Clemente de Alexandria]] e [[ate-agostinho:origenes:start|Orígenes]] — ele marcou, sob a forma nova da centúria espiritual, os princípios de uma mística decididamente intelectualista. A ascensão espiritual ([[philokalia:philokalia-termos:psychanodia:start|psychanodia]]) consiste em reintegrar a alma ([[philokalia:philokalia-termos:psyche:start|psyche]]) na "contemplação primeira" ([[philokalia:philokalia-termos:theoria:start|theoria]]), onde ela verá [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]] nela mesma, como num espelho. Por aí, o espírito — o noûs — terá de se despojar dos pensamentos apaixonados, depois dos pensamentos simples eles mesmos, até a nudez completa de imagens ([[philokalia:philokalia-termos:eikon:start|eikon]]), de conceitos e de formas. A contemplação primeira será assim realizada e, com ela, a [[oracao:start|oração]] perfeitamente pura, que nada mais é que um outro nome daquela. Evágrio comanda uma das grandes correntes da espiritualidade bizantina. João Clímaco, Máximo, o Confessor, Simeão, o Novo Teólogo, os Hesicastas, vêm dele. Implicado na condenação do origenismo (em 553), repugnam-se a nomeá-lo, mas ele permeia por toda parte: plagiam-no ou recusam-no, até para anatematizá-lo de passagem, como João Clímaco, por exemplo. A [[philokalia:start|Philokalia]] — deixando de lado o bem laborioso e às vezes pueril "Evágrio do pobre", assinado [[philokalia:philokalia-autores:teodoro-o-grande-asceta:start|Teodoro de Edessa]] — reúne quatro textos do Pôntico: Esboço da vida monástica (P.G. t. 40., cc. 1251s.), Discernimento das paixões e dos pensamentos (P.G. t. 79, cc. 1199s.), Trechos dentre os capítulos sobre a sobriedade (P.G. 40, Capita pract. passim) e finalmente, sob o nome de S. Nilo, o Tratado sobre a oração (P.G. t. 79, cc. 1165-1200), ao qual nos limitaremos aqui, considerando de bem perto a preciosa interpretação do Pe. I. [[philokalia:philokalia-estudos:hausherr:start|Hausherr]] {As Lições de um contemplativo. O tratado da oração de Evágrio o Pôntico, Paris, 1960/}, que constitui um "Evágrio comentado por ele mesmo". Sem falar da oração do coração, Evágrio destaca, com insistência, um certo número de traços que se encontram de ponta a ponta da tradição: guarda do coração, despojamento do espírito; simplificação da oração; ilusões: imagens, formas, etc. Jean Gouillard — [[philokalia:philokalia-suplementos:pequena-philokalia:start|Pequena Philokalia]] {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}