===== PISTIS SOPHIA ===== [[gnosticismo:escritos-gnosticos:start|Escritos Gnósticos]] — [[gnosticismo:escritos-gnosticos:pistis-sophia:start|Pistis Sophia]] Texto gnóstico que ganhou um significado especial por ter sido um dos primeiros a serem recuperados de uma tradição que teve quase tudo destruído por ser considerada uma heresia perversa, só restando referências nos padres que criticaram veementemente o [[gnosticismo:start|Gnosticismo]]. Segundo Roberto Pla, o Tratado do Salvador, constante do códice encontrado por A. Askew em 1850, códice este denominado "[[philokalia:philokalia-termos:pistis:start|pistis]] [[philokalia:philokalia-termos:sophia:start|sophia]]" reunindo dois tratados, não gozou de grande fortuna crítica. Assim não houveram leituras atentas deste tratado pertencente ao códice intitulado como um todo "Pistis Sophia". O Tratado do Salvador por si só é usado por Roberto Pla na sua exegese do [[gnosticismo:bnh:evangelho-de-tome:start|Evangelho de Tomé]] - [[gnosticismo:bnh:evangelho-de-tome:logion-71:start|Logion 71]] (v. [[gnosticismo:escritos-gnosticos:pistis-sophia:livros-do-salvador:moira:start|moira]]) e na correlata parábola de Jesus no [[evangelho-de-jesus:evangelhos:evangelho-de-lucas:start|Evangelho de Lucas]] ([[evangelho-de-jesus:logia-jesus:logia-jesus:fogo-sobre-a-terra:start|Fogo sobre a terra]]). Ainda segundo Roberto Pla, neste tratado atribuído ao gnóstico [[gnosticismo:escolas-gnosticas:valentino:start|Valentino]], mas que parece ter sido escrito no século III, se explica entre as brumas do simbolismo gnóstico que [[evangelho-de-jesus:evangelho-personagens:discipulos-de-jesus:dois-joao:joao-batista:start|João Batista]] foi concebido por sua mãe Isabel segundo a “força” (espírito) de Iao o Bom, com a alma de [[biblia:tipologia:elias:start|Elias]] o profeta e o [[philokalia:philokalia-termos:soma:start|soma]] da pessoa [[evangelho-de-jesus:chamada:start|Chamada]] João Batista. Recorde-se que no relato testamentário do arrebatamento de Elias, se diz que Eliseu pediu e não obteve “duas partes” do Espírito de Elias. Novamente vem a confusão pela palavra “espírito” ([[philokalia:philokalia-termos:pneuma:start|pneuma]]), adotada pelos LXX para traduzir ruah e nesamah, que são, efetivamente, os dois terços superiores do conjunto psíquico, pertencente à região mediana, que nós agora entendemos por alma. Estas duas partes da “alma” de Elias não pôde obtê-las Eliseu e somente recolheu o “manto”, a parte inferior da alma, nefes. Não obstante, com a força de nefes pôde voltar a passar as águas e enganar aos profetas da comunidade que creram que havia obtido “o espírito de Elias” (2R 10, 13-15). Em uma tentativa de fazer compatível o vocabulário do relato valentiniano e o evangélico podemos dizer que segundo a declaração do Anjo do Senhor recolhida em Lucas, o “Espírito de Elias” corresponde com a alma (ruah) e nesamah de Elias, a força de Iao, e “o poder de Elias” corresponde com o Espírito de [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]] e o espírito (pneuma). É importante que tanto na Pistis Sophia como no terceiro evangelho, a inclusão deste dado significa a aceitação da “metensomatose”, quer dizer, a repetição do ciclo de mutações no soma reencarnações antes de alcançar o último céu. {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}