===== EXEGESE DA ALMA ===== Biblioteca de [[gnosticismo:bnh:start|Nag Hammadi]] — A [[gnosticismo:bnh:exegese-da-alma:start|Exegese da Alma]] ==== The Exegesis on the Soul ==== ==== Apresentação (excertos resumidos) da tradução de William C. Robinson, na compilação de James Robinson ==== Esta obra é um pequeno conto (dez páginas de papiro) narrando o mito gnóstico da alma desde sua queda no mundo até seu retorno ao céu. A alma, cuja natureza é feminina — ela tem até um útero — era virginal e de forma andrógina quando estava só com seu [[estudos:ernst-benz:pai:start|Pai]] no céu, mas quando caiu no mundo e em um corpo ela se poluiu com muitos amantes. Estes amantes são bandoleiros e bandidos que tratam a alma como uma prostituta, então a abandonam. Em seu sofrimento, ela busca por outros amantes que também a enganam, fazendo-a a escrava de seus prazeres sexuais. Envergonhada, a alma permanece na escravidão, vivendo em um bordel, indo de um mercado a outro. O único presente que recebe de seus amantes é a semente poluída: seus filhos são tolos, cegos, doentes e débeis. A alma permanece neste cativeiro sexual e psíquico até o dia que percebe sua situação e se arrepende. Pede por ajuda do Pai que tem piedade ela. Ele desempenha duas ações para ajudar a alma: primeiro, faz seu útero voltar-se para dentro de modo que a alma recupera seu próprio caráter: "o útero da alma está de fora como as genitálias másculas, que são externas". Este voltar-se para dentro protege a alma de novas contaminações sexuais por seus amantes. Segundo, o Pai envia um noivo do céu para a alma. O noivo é seu irmão, o primogênito da casa do Pai. Renovada e purificada, a alma se adorna ela mesma na câmara nupcial esperando por seu noivo. A sua chegada, eles se amam mutuamente apaixonadamente. O amor deles que é espiritual e eterno , é descrito com uma vívida sensualidade normalmente usada para relações carnais. Os frutos deste casamento são bons e belos filhos (na alegoria, ideias belas e virtuosas: Filon, Querubins 44). Finalmente a alma regenera-se ela mesma e retorna a seus estado primeiro. Em suas linhas gerais, a estória da alma na obra segue o mito valentiniano de [[philokalia:philokalia-termos:sophia:start|sophia]], o último éon que deixa o Pleroma buscando novos horizontes. Da prostituição ào arrependimento em lágrimas e do arrependimento ao seu retorno à casa do Pai, o itinerário da alma relembra de perto a viagem de Sophia. {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}