===== CONVIDADOS ===== PARÁBOLAS DE JESUS — OS [[evangelho-de-jesus:parabolas-evangelicas:convidados:start|Convidados]] (Lc XIV, 7-15) [[evangelho-de-jesus:start|Evangelho de Jesus]]: Lc 14:7-15 VIDE: [[evangelho-de-jesus:parabolas-evangelicas:bodas-reais:start|Bodas Reais]]; [[evangelho-de-jesus:parabolas-evangelicas:grande-ceia:start|Grande Ceia]] A parábola é dada em sequência à entrada de Jesus [[biblia:figuras:nt-personagens:cristo:start|Cristo]] na casa de um superior entre os [[biblia:figuras:nt-personagens:fariseus:start|Fariseus]], convidado a comer pão no dia de Sabá. Notando que os convidados (vide [[gnosticismo:hans-jonas:religiao-gnostica:literatura-gnostica:gnosis-imagens:chamada:start|Jonas Chamada]]) buscavam os lugares preeminentes (protoklisia), Jesus Cristo enuncia a parábola, onde fala de convidados a [[evangelho-de-jesus:milagres-de-jesus:bodas:start|Bodas]], a uma união. Esta é uma figuração de uma dito dos Provérbios: “Não te glories na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes; Porque melhor é que te digam: Sobe aqui; do que seres humilhado diante do príncipe que os teus olhos já viram.” (Prov 25,6-7). Na parábola Jesus fala em “vergonha” e não em humilhação, mas com sentidos similares. A nossos ouvidos modernos soa estranho “vergonha”. Jesus alertando para que não se venha a sentir vergonha, parece descabido. Nos termos antigos da parábola, esta "vergonha" se chama “aischune” e se entende como uma desgraça, ou “perda da graça”. E se explica em seguida pela orientação de procurar um lugar mais humilde esperando que se seja elevado pelo senhor que convida a um lugar mais preeminente. A graça não é tomada mas recebida, ou se faz desgraça. A justificativa se faz também por uma redita dos Provérbios, no caso o que afirma: “A soberba do homem o abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra”. A parábola também orienta aquele que convida, para que dirija seu convite aos “pobres, aleijados, mancos e cegos”, e certamente não a pessoas fisicamente nesta condição, mas a nossas partes interiores que se encontram nesta condição de pobreza, de deficiência, de cegueira. Convidar àquelas partes que gozam de alguma relação com o que convida, não traz qualquer recompensa, a não ser a manutenção da disposição de nossa alma, e não sua [[philokalia:philokalia-termos:regeneracao:start|regeneração]] e ressurreição no Reino de [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]], sua [[philokalia:philokalia-termos:metanoia:start|metanoia]]. Tendo ido comer pão na casa de um Fariseu, a parábola encerra com uma bem-aventurança: "Bem-aventurado o que comer pão no reino de Deus". De um movimento adentrando a casa para comer pão com o que é mais aviltado no evangelho, se é conduzido a movimento mais interior, que de fato, com a devida humildade, pode vir a ser a verdadeira bem-aventurança. ! [[medievo:tomas-de-aquino:start|Tomás de Aquino]]: Catena aurea Antonio [[gnosticismo:orbe:start|Orbe]] [[ate-agostinho:clemente:start|Clemente de Alexandria]] nota que Lucas fala em ceia (deipnon) e não de "[[philokalia:philokalia-termos:agape:start|agape]]"; onde deipnon provem "das gargantas e da loucura, hóspede habitual da ceia"; expressão abusiva de comilança; diferente portanto de "agape, um verdadeiro alimento celeste, festim do [[philokalia:philokalia-termos:logos:start|logos]]"; o festim daqui (terreno) e o celeste se unem pela caridade. Apesar da pejoração que recai sobre a “ceia” vulgar, o reino de Deus, festim do Logos, conhece a ceia da caridade (agape). Uma e outra — o festim terreno e o celeste, a ceia daqui e a do reino — estão unidas mediate a caridade. A ceia obedece entre cristãos à caridade, mas não é a caridade. O alexandrino justifica assim de forma implícita a parábola lucana, como figura do festim celeste do Logos. Roberto Pla: [[gnosticismo:bnh:evangelho-de-tome:start|Evangelho de Tomé]] - [[gnosticismo:bnh:evangelho-de-tome:logion-64:start|Logion 64]] PARÁBOLA ANTERIOR: FIGUEIRA INFRUTÍFERA — PARÁBOLA POSTERIOR: GRANDE CEIA {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}