===== ENFERMO DE BEZATA ===== [[evangelho-de-jesus:milagres-de-jesus:start|Milagres de Jesus]] — [[evangelho-de-jesus:milagres-de-jesus:enfermo-de-bezata:start|Enfermo de Bezata]] (Jo V, 1-20) [[evangelho-de-jesus:start|Evangelho de Jesus]]: Jo 5:1-20 === Padres === Bruno Barnhart: The Good Wine: Reading John from the Center Esta estória de cura sugere uma relação numérica com o Êxodo. O homem esteve esperando nesta estória por 38 anos sem «um homem», o que faz lembrar os [[evangelho-de-jesus:evangelho-personagens:judeus:start|Judeus]] que vagaram no deserto, incapazes de entrar na terra prometida por «trinta oito anos, até que uma geração inteira de guerreiros tivesse perecido do campo, como o Senhor jurou a respeito deles» (Deut 2,14). E, segundo [[ate-agostinho:paulo:start|Paulo Apóstolo]]: «E a quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da incredulidade». O paralítico de Bezata é o judeu que definha no deserto incapaz de entrar na terra prometida, repouso de [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]], por causa de uma falta de fé. Estas águas, movidas de tempo em tempo por um espírito, lembram às águas do primeiro dia da Criação, sobre as quais planava o Espírito. A esperança deste homem é de de novo imergir ele mesmo nas águas do princípio. O que nos faz lembrar as antigas tradições religiosas do mundo que se assentam na revelação primordial, uma «revelação cósmica». Jesus passa e cura o paralítico com uma palavra: um comando de poder. É em fazendo esta palavra que ele é curado, levanta-se e anda. A vida do princípio, as águas de vida que fluem através do paraíso, estão neste homem Jesus, que cura com a energia de sua Palavra. Ele é, ele mesmo, o [[biblia:figuras:verbo:start|Verbo]] que desce nas águas para fertilizá-las de modo que possam dar nascimento a uma nova criação. Ele é o senhor do Sabbath. Joaquim Carreira das Neves: ESCRITOS DE SÃO JOÃO A nível de crítica literária, na narrativa do "sinal" da [[evangelho-de-jesus:milagres-de-jesus:cura-do-paralitico:start|Cura do Paralítico]], as versões recentes omitem parte do antigo v. 3 e de todo o v. 4 por faltarem nos melhores e principais manuscritos antigos: "cegos, coxos e paralíticos 'que esperavam o movimento da água,porque o anjo do Senhor descia, de tempos a tempos, à piscina e agitava a água; e o primeiro que nela entrasse, depois da agitação da água,ficava curado de qualquer doença que tivesse'". Esta glosa "miraculista" procura explicar o que se diz no v. 7: "Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água...". Trata-se de águas termais e intermitentes. As nascentes rebentavam, todos os anos, e semelhante fenômeno passou a ser explicado de maneira "miraculista". As descobertas arqueológicas apresentam a grandiosidade desta piscina de águas termais, incluindo o quinto "pórtico", que dividia a piscina ao meio, caso único no gênero. Depois do ano 70, a piscina foi dedicada ao deus da cura, Esculápio. [...] As águas medicinais da piscina servem de "signo" para a grande obra salvadora do Jesus-Messias-[[biblia:figuras:pai-mae-filho:filho:start|Filho]] de Deus como dador da VIDA. Os "sinais miraculosos" testemunhados por Nicodemos em 3,2, por alguns [[biblia:figuras:nt-personagens:fariseus:start|Fariseus]] em 9,16 e pelos sumos sacerdotes e fariseus em 11,47 são uma das credenciais de Jesus sobre o significado maior da sua ação, incluindo o dia de sábado (cf. a obra/obras de Jesus — [[philokalia:philokalia-termos:ergon:start|ergon]]/erga — em 4, 34; 5, 20.36; 7, 21; 10, 25; 10, 37.38; 14,10). [[estudos:nicoll:start|Maurice Nicoll]]: CURA DO ENFERMO DE BEZATA {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}