===== STEPHANE FILHO PRÓDIGO ===== [[estudos:abade-stephane:start|Abade Stephane]] — Introdução ao Esoterismo Cristão ==== A respeito do Filho Pródigo ==== A Sabedoria eterna, abrindo a boca, nos diz a respeito do [[biblia:figuras:pai-mae-filho:filho:start|Filho]] Pródigo: «Então entrando em si mesmo, disse: Quantos mercenários de meu Pai têm pão em abundância, e eu morro de fome aqui! Me erguerei e irei a meu Pai» (Lc XV, 17). Quais são estes mercenários do [[estudos:ernst-benz:pai:start|Pai]] que têm pão em abundância? São os Anjos conservados fieis, as hierarquias celestes que realizam sem desânimo sua ronda eterna, semelhantes aos astros em seus movimentos imutáveis: estas divinas essências cuja inteligência está fixada invariavelmente na Contemplação da Teocracia se satisfazem do Pão superabundante da Divina Supraessência. Mas o Filho Pródigo lhes é superior: é o Adão que [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]] ordena aos Anjos de adorar. Pois Adão foi criado à imagem e à semelhança de Deus, enquanto os Anjos só são "aspectos" divinos, servidores, mercenários; os Anjos são periféricos, Adão é o reflexo direto do Centro [[biblia:figuras:divindade:divino:start|Divino]]. No Espelho Celeste, os Anjos contemplam os [[ate-agostinho:dionisio:nomes-divinos:start|Nomes Divinos]] suas divinas essências imutáveis. Adão é o centro do Espelho onde se reflete a Supraessência da [[biblia:figuras:divindade:deidade:start|Deidade]], o [[biblia:figuras:verbo:start|Verbo]] de Deus, a Revelação Suprema de Deus a ele mesmo. Enquanto Afirmação dele mesmo, do Si eterno e imutável, ou da Transcendência divina, o Verbo se identifica ao Filho mais velho da parábola, aquele ao qual o Pai responde: «Tu meu filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que tenho é de ti» (Lc XV,31). Enquanto Negação aparente dele mesmo, ou Afirmação da Imanência divina, — Negação inclusa na Possibilidade universal implicando para o Infinito divino o poder de se negar ele mesmo ilusoriamente e em aparência — o Verbo, em sua «determinação adâmica», se identifica ao Filho Pródigo, que dilapida seu bem «em um país longínquo» (Lc XV,13): é o Si divino que se «perde» na Existência universal, é o Uno que «se dispersa» na multiplicidade; é o Centro que «irradia» sobre a circunferência; é a Efusão, a Irradiação da Essência divina (Deus Caritas est) que «transborda» sobre as possibilidades, para as conduzi-las à Existência. Neste estado de dispersão, tendo dilapidado todo seu bem, o Filho Pródigo acaba por «morrer de fome». Enquanto «entra nele mesmo»; se recorda dos mercenários que têm pão em abundância, e se lembra do Pai: é o Bodhisattva, o ser que "desperta". Ele diz: «Vou a meu Pai». Demandará ser tratado como um dos mercenários (Lc XV,19), tendo consciência de seus limites. Mas o Pai sabe que ele é mais que os servidores, e mais que o Filho mais velho que permaneceu fiel, pois ele é «o Si Pródigo que se lembra dele mesmo»: «Ele estava morto e voltou à vida; ele estava perdido e foi reencontrado». {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}