===== PLARD (HPAS) – ANGELUS SILESIUS, A QUEDA ===== HPAS Assim como [[biblia:figuras:divindade:deus:start|Deus]] não provoca a queda, nem mesmo se desvia do pecador, também não é ele quem o castiga. O homem que se colocou como Deus diante de Deus simplesmente sofre o destino que ele mesmo criou: neste mundo, e em sua vida interior, é a inquietação constante: as coisas são apenas um pretexto para seu transtorno interior, ele é a roda que gira por si mesma e não tem repouso, ele cria um mundo do qual é prisioneiro (II, 25; I, 37; II, 85). As coisas não podem tocar a alma que repousa em Deus fora do tempo, mas sim a vontade que se volta para elas como criaturas do nada: elas adquirem então uma nova realidade, negativa, que não é mais um simples não-ser: é um mundo submetido ao tempo, condenado a um “tempo eterno”, um mundo cuja vida é, de fato, uma morte eterna, salário do pecado e do qual nenhuma vida nova floresce (I, 29; II, 29; V, II). É neste sentido que o homem caído no pecado essencial é o Anticristo: diante do Salvador dos homens e do mundo, ele corre para a perdição com o mundo. Tais ideias fazem do inferno ou do céu noções que só têm realidade dentro do homem, e como formas de sua vontade. Silesius insiste várias vezes na inutilidade de todo ato do pecador: suas boas obras, suas [[oracao:oracao:oracoes:start|orações]] estão perdidas, e um condenado no sétimo céu estaria sempre mergulhado nos tormentos do inferno (V, 15, 168): é a “condenação essencial” da qual nada pode libertar o homem, pois ele a carrega em si mesmo. {{indexmenu>.#1|skipns=/^playground|^wiki/ nsonly}}